08 outubro 2008

A Associação de Proteção às Lesmas - Arthur Baptista



A Associação de Proteção às Lesmas

Certo dia, em algum lugar de Las Vegas, Mike que morava em seu casarão desde os nove anos, e hoje já com 21, sempre morou sozinho.
Traumatizado pela perda de seus pais aos 9 anos, nunca falou nada a ninguém sobre estar sozinho. O coitado tem medo de tudo.
Todas as noites ele treme com o uivo dos lobos da floresta que tem em volta de seu casarão.
Seu casarão tem vinte e oito cômodos e até hoje ele só passou por cinco, ele não sabe como são os outros vinte e três.
A única coisa que o salva da solidão é o seu único e verdadeiro amigo Carlos. Um dia, para perder a curiosidade, Mike convida Carlos para ver os outros vinte e três, e ele aceita.
Os dois com muito medo foram e quando estão abrindo a porta logo do primeiro cômodo, Carlos foge sem Mike perceber, e Mike ao entrar é imediatamente atacado por uma lesma vampiro gigante, a porta se tranca e ele fica apavorado.
O vizinho de Mike, Pedro, ouve os gritos e chama os bombeiros que arrombam a porta, atiram lasers na lesma vampiro e a colocam em um pote para estudos. Resgatam Mike desacordado e o levam para o hospital... O caso é grave.
50 anos depois ele acorda do coma e a primeira coisa que ele vê em sua frente é um velho de mais ou menos 70 anos...
Mike não o reconhece, mas quando ele fala:
- Você não está me reconhecendo? Sou eu Carlos!!!
Ao ouvir isto Mike tem uma lembrança rápida de sua vida inteira... Uma recapitulação de tudo.
E fala:
- Há quanto tempo eu estou aqui em coma??
- Não sei nem como dizer...
- Fale logo...
- 50 anos...
- Como???!!! 50 anos?... Não pode ser busque-me um espelho rápido...
Mike não havia envelhecido, estava exatamente como antes nem o seu cabelo havia crescido nem a barba, nada.
- Além de me trair fazendo o que fez naquele dia você ainda mente para mim seu maldito... eu vou te matar...
Mas Mike não conseguiu nem se mexer e começou a berrar muito alto. A equipe de médicos inteira entrou na sala e deu uma injeção para acalmá-lo. Pediram para Carlos se retirar e contaram tudo para Mike.
Com os médicos falando ele acreditou e perguntou por que ele não havia envelhecido e para sua frustração os médicos falaram que estudaram a lesma vampiro gigante e descobriram que a mesma o havia picado e depositado manteiga de amendoim em seu sangue por este motivo ele não tinha envelhecido nem seu cabelo cresceu e nem sua barba e nem nada...
Mike dormiu e no dia seguinte ele acordou muito velho com o cabelo com 30 metros de comprimento e a barba 25. Os médicos falaram que ele ao acordar entrou em um processo de envelhecimento rápido. Ele já conseguiu levantar da cama e descobriu que ele acordou do coma um dia antes do referendo. Então hoje é o dia!!
Ele foi até o seu casarão tomou um banho, cortou o cabelo fez a barba e votou NÃO no referendo. Após isto, ele vendeu seu casarão porque nunca mais queria vê-lo. Comprou uma casa nova e começou uma nova vida bem mais feliz só que com 71 anos. Ele quis uma arma para matar Carlos, pois o que ele fez não podia ficar barato. Para sua sorte, o NÃO tinha ganhado, mas ele viu que é muito difícil comprar uma arma e decidiu comprar de um bandido. Mas ele percebeu que os bandidos não compram armas nas lojas mesmo e votou certo no referendo. Mike pegou sua arma que ele comprou do bandido e foi atrás de Carlos. Ele o matou e ninguém descobriu. Mas ele viu que mesmo com o que Carlos havia feito não justificava o matar. Portanto ficou com a consciência muito pesada, destruiu sua arma e se entregou à polícia. Pegou 20 anos de cadeia.
20 anos depois ele sai da cadeia e viu que sua vida tinha sido um lixo e que ele não tinha aproveitado nada dela. Ficou em sua casa nova vivendo uma vida parada de um velho de 91 anos.
Um dia Mike com 93 anos decidiu o seguinte... Eu não aproveitei nada de minha vida até agora e agora que eu estou de consciência limpa eu vou começar a vivê-la.
Começou a se exercitar a fazer várias artes marciais e muitos esportes, viagens animadas e muito mais.
Viu que tinha saúde para tudo isto mesmo com aquela idade. Muitos anos se passaram e Mike com 133 anos ainda estava com muita saúde conseguindo fazer de tudo e descobriu que a manteiga de amendoim fez com que ele ficasse invencível.
Mike criou uma associação de proteção às lesmas, pois estava muito grato a todas elas. A associação fez muito sucesso e teve muitos participantes, sua associação teve filial no mundo todo e Mike enriqueceu muito.
Ele passou sua vida a partir dos 93 anos muito animada e feliz. Só com alguns arrependimentos já esquecidos!!!

Arthur Baptista – O Contista

24 agosto 2008

Pódium Inacabado



Acabou a Olimpíada de Pequim 2008. O saldo, o balanço final, todos nós vimos... Ou não vimos, porque cá entre nós, só um insone absoluto conseguiu ver mais ou menos o que aconteceu de verdade lá na China.
As televisões mostraram o que quiseram numa confusão absurda de cobertura e imagens segmentadas de tudo o que era esporte, e esqueceram de alguns outros que nem foram citados por ninguém da imprensa que se limita a enaltecer ou destruir atletas a seu bel prazer.
O nosso amigo Diego Hipólito, o que escorregou e caiu sentado, foi tachado de amarelão. Por que amarelão? O cara tropeçou e caiu, como qualquer um pode cair em casa ou na rua, e continua sendo um atleta de alto nível no esporte dos pulinhos que também não deu chance às meninas que tanto treinam e se empenham.
A Maurren deu um show de competência e superação e não deu bola para ninguém. Foi lá e ganhou... Dela mesma! E confesso aqui que ela é a minha ídola absoluta, uma Rainha no que se propõe a fazer.
Um mesa-tenista Brasileiro, não me recordo o nome dele porque o sono me conquistava na hora, fez acontecer uma virada sensacional num dos jogos. Ele venceu e o que aconteceu depois ninguém sabe porque nunca mais falaram dele. Os canais de TV que eu sintonizava, ou mostravam Hóquei na grama feminino entre Eritréia e Paquistão ou uma sensacional partida de Badmington.
Caminhando mais um pouco, vimos a incompetência do Sr. Professor Dunga desfilando mais uma vez nos gramados, e perdendo para a Argentina ainda por cima (existe algo pior do que isso na vida de um Brasileiro que entende de Futebol?).
Vimos uma desclassificação de um cavalo Brasileiro por doping (só faltava essa), vimos o Jadel (aquele do outro tipo de pulo) tomar uma invertida simplesmente porque ele se “acha”, assim como o Renzo Agresta, sabrista da esgrima “Brasileira” que reside e treina na Itália e que também “se acha” e não ganha nada.
Agora o mais inusitado (pior do que o fato do padre que agarrou o Vanderlei Cordeiro de Lima na última edição da Olimpíada), vimos o sumiço da vara da nossa Fabiana Murer... Digam-me uma coisa, se ela só faz isso na vida e deixa que roubem o seu equipamento, o que mais podemos esperar em termos de resultados se temos uma atleta que não sabe tomar conta da própria vara? É como se roubassem a bola de basquete antes do jogo do Brasil feminino, que por sinal, tomou o que devia dada a incompetência da Confederação Brasileira de Basquete, que faz tempo, só apronta e permite que os jogadores desprezem o que podemos ter de mais importante... Um mínimo de caráter. Saudades do Oscar, do Marcel, da Hortência, da Paula e Cia. Limitada.
O Vôlei, o de quadra e o de praia, ganhou e perdeu, mas demonstra vontade, seriedade e competência absoluta também apesar dos devaneios esquizofrênicos do Bernardinho.
O Futebol Feminino chegou ao seu resultado mais do que correto. Um 2º lugar, porque aqui nesse País não temos equipes femininas e nem campeonatos femininos e nem a menor consideração por essa modalidade pela CBF, que após a última Olimpíada prometeu investir e organizar torneios nacionais. Está tudo isso em 2º lugar, definitivamente.
O Judô foi no seu embalo, e vestindo suas máscaras, decepcionou apesar do empenho reconhecido. Restaram apenas os kimonos, campeões do mundo, bronzeados e molhados de suor e lágrimas.
Agora, poderíamos falar aqui de cada um dos fiascos totais e de atletas que fizeram um trabalho sério e competente, como o Scheidt, velejador eterno, aquele que tem um pacto com o vento, que perdeu, perdeu (agora em dupla ele tem um para atrapalhá-lo) e ganhou uma medalha de prata. Se navegasse sozinho, levaria mais um ouro, com certeza. Isso é tão difícil de entender quanto assistir a essa prova na televisão. Um monte de velas brancas andando cada uma para um lado lá no fundo, numa confusão danada e o narrador falando de tudo, menos de regata. Para onde vão, ninguém sabe explicar, mas uma dupla feminina Brasileira ganhou medalha de bronze nessa modalidade... Quem seriam, hein?
Falando em narrador, e o Galvão Bueno transmitindo as provas de natação? A cada medalha do Phelps o cara gritava e vibrava mais do que se tivesse se esgoelando por um gol do Brasil na final da Copa do Mundo de Futebol. O porquê disso, acho que nem ele sabe, e cá entre nós, as gafes que ele proporcionou ao dizer suas bobagens que vazaram no áudio da telinha mostra que , no mínimo, ele está ficando insuportavelmente gagá de vez. Mas cá entre nós, um nadador que faz 8 finais e ganha todas é algo de insuportável também, porque afinal, ele não é Brasileiro. Se ele nadasse 20 finais, ganharia as 20. Que coisa!
Já que citei a natação, o Cielo, que mora e treina nos Estados Unidos e nem lembra que o Brasil existe, extrapolou e arrebentou a piscina, ganhando sua medalha de ouro, ficando como o ponto mais alto do momento o fato dele ter recebido uma medalha feminina (esperam que tenham trocado).
E os recordes foram quebrados, muitos. Até quando isso acontecerá? Há um limite para o corpo humano em cada modalidade. Ou algum Bolt da vida correrá um dia os 100 m em 5 segundos?
Está faltando o COI aprovar a inclusão do Jiu-Jitsu, do Futsal e do futebol de mesa nas Olimpíadas. Como botonista eu até que poderia arriscar a trazer uma medalhinha para o Brasil, já que dou polimento nos meus artilheiros diariamente e não erro aquele golzinho de jeito nenhum (autopromoção ridícula agora).
Tivemos assim um grande show, prato cheio para a imprensa sensacionalista e para os críticos de plantão que sobrevivem de falar mal da vida alheia, os mesmos que são responsáveis pelo enaltecimento e pela execração em praça pública de quem eles escolherem como alvo. Mas esqueceram, até dá para entender porque, de falar mais do nosso Ministro dos Esportes, que antes do início da Olimpíada estava lá em Pequim falando e falando e certo de que o Brasil estaria nos podiuns e o arrastaria junto. Digam-me... Onde ele está agora? Onde estão seus depoimentos? Qual seriam as desculpas pelo ridículo causado pelo governo Brasileiro que não apóia, não cria sustentação, não dá chance, que não quer nem saber de esportes e de atletas e apenas usa momentos assim como plataforma eleitoreira? O que sabe o nosso “Ministro” sobre esportes e sobre aprimoramento de atletas? Melhor nem falar sobre isso, pois parece que sempre será assim, eu acho. Aqui em São Paulo, no Ibirapuera, foi criado pela Prefeitura, há uns tempos, um “Centro Olímpico” para desenvolvimento de jovens atletas carentes. Vão lá ver o fim que teve a grande iniciativa. Eu estive lá com a Martha do basquete (Diretora), quando foi inaugurado, oferecendo apoio e possibilidade de patrocínio de empresas privadas. Não ligaram a mínima e eu nem sei o porquê do desprezo, mas firmo que tenho a Martha em altíssima consideração em todos os aspectos. A “máquina” e os fins é que não deixaram que tudo fosse de real valia e cumprisse seu objetivo imaginado.
É fácil ver que há razão nessa exposição quando vemos que os principais atletas de algumas modalidades residem e treinam e são patrocinados no exterior, senão não teriam a menor chance em nada. E se ganham, viram Brasileiros e tiram foto com o Ministro, com o Presidente do COB ou coisa que o valha. Ridículo!
Ah! O Brasil teve um resultado bisonho na “Olimpíada” de 2008”... “Nas Olimpíadas” através da história, também sempre teve.
Londres nos aguarda!


Renato Baptista

Direitos Reservados

19 julho 2008

O Menino Eternamente Perto de Um Sonho.


O Menino Eternamente Perto de Um Sonho.

Era uma vez... Não, assim não... Soa como história de menino.
Eram meados do Ano da Graça de Mil Novecentos e Sessenta e Nove e eu acabara de completar Doze anos e sentia-me um Homem na sua plenitude, obediente aos conselhos de Pai e cumpridor das ordens de minha Mãe, ainda jovem.
Enquanto eu, o Homem, agitava meus brinquedos de menino, algo estranho estava se formando. Algo que em outras vidas veio a mim escondido e jurou eternidade e eu na minha inocência continuava brincando como Homem-Menino.
Numa noite daquelas, fui dormir, às nove horas como de costume, fechei meus olhos ávidos pelo amanhã e entrei no mundo dos sonhos.
Desta vez, eu não estava voando com capas coloridas e nem chutando bolas brancas contra muros descascados. Eu devia ter entrado no mundo dos homens.
A floresta densa me cercava e os artesãos esculpiam rostos nos troncos das árvores escuras e sem casca. Esculpiam olhos grandes que me olhavam, querendo me dizer que a hora chegara.
Pintores famosos com seus pincéis de pêlo de marta coloriam as copas com seus tons verde-escuro, preto e suaves manchas brancas.
Só o que eu ouvia eram os sons quebradiços das folhas secas que meus passos esmagavam enquanto a arte da vida me conduzia para a minha verdade.
Em um instante tudo se imobilizou. Na grande clareira anunciada, bem a minha frente, um enorme facho de luz intensamente branco e brilhante, vindo de cima, trouxe a imagem da minha vida para o mundo que eu conhecia.
Eu, o Homem-menino, não sabia entender que naquele momento o eterno se concretizava fechando mais um ciclo.
Minha vida mudaria a partir daquele instante, mas estava escrito que toda ela na sua essência deveria permanecer dentro do sonho que nasceu por mim.
Pude então ver os espíritos dançando de mãos dadas, felizes por terem cumprido novamente sua missão.
Na manhã seguinte, demorei a acordar e nem brinquei naquele dia. Eu não imaginava que o Homem-menino havia crescido.
O passado e o presente se fundiram com o futuro e a minha espera mais uma vez havia terminado. Pena que eu não tinha para quem contar esse sonho. Assim, com o tempo eu enquanto menino, o esqueci trocando-o por outros sonhos.
Se eu não tivesse levado tantos anos para lembra-lo, talvez hoje eu ainda fosse um feliz Homem-menino e teria meus brinquedos intactos perto de mim, assim como aquela luz brilhante a embalar meus sonhos por todas as noites até o fim da minha vida.



Renato Baptista


Direitos Reservados

Por incrível que pareça...



Por incrível que pareça...

“Quando minha prima e eu descemos do táxi, já era quase noite. Ficamos imóveis diante do velho sobrado de janelas ovaladas, iguais a dois olhos tristes, um deles, vazado por uma pedrada. Descansei as malas no chão e apertei o braço da prima.
- Sinistro.
Ela me impeliu na direção da porta. Tínhamos outra escolha? Nenhuma pensão nas redondezas oferecia um preço melhor a duas pobres estudantes com liberdade de usar o fogareiro do quarto, a dona nos avisara por telefone que podíamos fazer as refeições ligeiras com a condição de não provocar incêndio. Subimos a escada velhíssima, cheirando a creolina.
- Pelo menos não vi sinal de barata, disse minha prima.”
(Trecho inicial de Lígia Fagundes Teles)

Ao falar isto, apareceu um exército enorme de baratas gosmentas, nojentas e gordinhas babando para todos os lados. Desesperadas elas saíram correndo, mas o exército seguia-as para onde elas fossem e quando elas iam passar pela porta para irem embora daquele lugar, apareceu o dono da pensão com um rato entre os dentes e um machado ensangüentado nas mãos. Lúcia a prima de Carol falou:
- Estamos fritas.
Carol respondeu :
- Você está enganada.
Carol deu um duplo twist carpado mortal duplo para trás e fugiu das baratas e do dono mau da pensão, porém Lúcia não teve a mesma sorte, as baratas começaram a subir por ela, algumas entrando pelo nariz, outras pela boca até chegar ao cérebro. Enquanto isso, o dono da pensão despejava machadadas, cortando Lúcia em pelo menos 483 pedaços. Carol desesperada entrou num banheirinho que havia no andar de cima da pensão. Ao trancar a porta ela olha para trás e vê um vampiro enorme com seus dentes afiados e babando para ela, sorte dela que ele era covarde, pois ao dar uma cotovelada nele, o vampiro começou a chamar a sua mãe e a chorar como um louco. Ele chorou tanto, tanto que a sala inundou impossibilitando a saída de Carol. Esta, enlouquecida, afundou a cabeça para ver se havia alguma escapatória lá embaixo. Ao abaixar a cabeça ela vê um tubarão com uma bazuca apontando para ela.
Ela virou para o outro lado e viu o espírito de sua amiga Luíza, mas, Opa, ela não estava normal, ela havia virado um espírito mau e deu para perceber rápido pois a Luíza estava girando uma maça preparada para atirar em Carol. Carol afundou mais ainda e por sorte encontrou uma passagem secreta para fora da pensão.
Ao sair desta, deparou-se com uma nave alienígena lotada de zumbis e extra-terrestres com 79.000.000 de braços, pernas e olhos grandes com crostas de sujeira preta. Estes gritavam:
- Fugir não, Fugir não, Fugir não !!!!!...
...Empurraram-na para dentro da casa de novo. Lá dentro novamente, ela vê o dono da pensão com o machado, as baratas, o vampiro, o tubarão com a bazuca, o espírito de Luíza, os zumbis, os aliens, um dragão soltando fogo e um exército de bruxas maléficas soltando raios e trovões pelos olhos rosa pink.
O dono da pensão deu três passos à frente e falou :
-A sua única escapatória é virar um de nós. Beba esta poção mágica que transforma menina coitadinha em lobisomem maléfico.
Carol não tinha mais saída...Até que se lembrou do vidrinho de antídoto radioativo extra-extraordinário, contra todos os males do Universo, que o motorista do táxi que as tinha levado até lá a tinha confiado.
Carol o engoliu com vidro e tudo sem que os monstros percebessem. Na seqüência, Carol pegou a poção da mão do dono da pensão e disse que aceitaria virar o lobisomem.
Ao tomar a poção, nada acontece e Carol sai correndo pela porta com os monstros atrás dela.
Ela se esconde atrás de uma árvore que tinha ali por perto.
O único que viu foi o tubarão com sua enorme bazuca que se preparou e atirou...o disparo foi desastroso. Matou todos menos Carol.
Carol muito feliz por ter se livrado de praticamente todos os monstros, sai de trás da árvore e quando o tubarão vai atirar nela de novo, chega um carro do ibama que pega o tubarão de surpresa por trás. Muito bravo o tubarão largou a bazuca no chão para que o fiscal não atirasse em suas costas. Ele então é algemado e levado para a delegacia de tubarões para ser preso , pois foi condenado a 50.001 anos de cadeia.
Carol muito feliz e satisfeita chama um táxi para a levar de volta para casa.
Óh!!! O táxi é o mesmo que a trouxe a esta pensão. Carol agradece muito ao motorista pelo antídoto e vai para casa mais feliz do que nunca.
No caminho...O motorista diz que deu o antídoto a ela porque sabia dos perigos daquela pensão. Ele também disse que a tentou avisar mas que ela não havia deixado. Carol agradeceu novamente, desceu do táxi e chegou em sua casa sã e salva...Por incrível que pareça.


Arthur Baptista - O Contista

Direitos Reservados

30 maio 2008

Não... De novo não!!!



Não... De novo não!!!

Num dia um pouco diferente dos outros, João Ninguém estava trabalhando. Ele era carregador de feira livre, quando chegou perto dele um homem muito estranho.
O homem, do nada, saca uma metralhadora de sete metros de comprimento com capacidade para trezentas mil balas ou uma bomba nuclear radioativa destruidora de planetas, aponta para o João e fala:
- Cadê o pagamento da jóia? Seu safado!!!
E João começou a gaguejar:
- Eh...eh....eh....por...porque...é...eu...na...não...tem...tenho...
ag...agora...
- Ah meu amigo, então eu vou ser obrigado a enfiar bala na sua cabeça... Mas para a sua sorte eu lhe darei o prazo de mais uma semana... Uma semana entendeu?
Faltando um dia para o prazo acabar, João sabia que não ia conseguir pagar então foi curtir a vida e afogar as mágoas no bar 12 de outubro. Comeu, bebeu e dançou muito.
Depois da festa ele foi até o lago Ness e se atirou na água.
Dias depois, o corpo dele foi encontrado dentro do lago, só que estava lá só a pele e os órgãos dele, pois o esqueleto estava por ai andando e assustando as pessoas.
Já a sua alma foi abduzida pelos Jupterianos.
Logo, em Júpiter...
Lá estava um grupo de Et’s de quarenta mil olhos modelando a alma dele.
Os Et’s desceram com a alma de João, que agora era um monstro, para a Terra e o jogaram no lago Ness, assim virando “O monstro do lago Ness” ( Daí a lenda).
Dias depois o mesmo homem estranho estava passando ali perto do lago quando de repente o monstro pula e come o homem e sua metralhadora de sete metros em uma bocada só.
Enquanto isso, os Jupterianos começaram a trabalhar em uma nova missão: Eles começaram a fazer calor, muito calor, então as calotas polares começaram a derreter e a água estava começando a destruir o mundo todo.
O objetivo dos Jupterianos era transformar a Terra inteira em um oceano só, onde eles iriam colocar o monstro do lago Ness, fazendo assim com que ele virasse o monstro do “Oceano Terra” protegendo a Terra (que seria formada por um só oceano).
Os Jupterianos teriam a Terra só para eles e nenhum outro grupo de seres Et’s interplanetários poderia entrar lá, pois a Terra estaria sendo protegida pelo Monstro. Pois é... O plano deu certo.
Eles queriam que Júpiter (o planeta deles) fosse o planeta mais conhecido como era a Terra, mas...
Quando eles voltaram para Júpiter, perceberam que lá estava lotado de Zumbis nerds, monstros de fogo, e claro, a caveira de João.
Desesperados, os Jupterianos começam a trabalhar em uma bomba planetária destruidora de Zumbis nerds, monstros de fogo e caveiras, só que a bomba não poderia afetar o planeta. Para isso eles teriam que trabalhar muito.
Para fazer a bomba eles foram para Plutão, para que os invasores de Júpiter não vissem o projeto.
Depois de pronta, eles jogam a bomba e dá tudo certo... Os invasores são destruídos e o Planeta fica intacto. O objetivo deles mais uma vez estava completo.
Um mês depois...
Os Jupterianos vão à Terra dar comida para o monstro.
Quando eles chegam lá, encontram o monstro morto.
Muito decepcionados eles começam a pesquisar quem fez aquilo e então eles descobrem que foi uma equipe de mafiosos nazi-fascistas de marte que fez um Polvo Biônico com mira e tiro a laser, olhos supersônicos, metralhadora com munição infinita embutida, doze mil tentáculos todos com um microcomputador instalado que conseguem captar qualquer inimigo até no máximo 40 milhões de anos luz de distância e um canhão com superpotência instalado no lugar da boca. Começaram então a pensar como eles poderiam se vingar.
Os Jupterianos começaram a trabalhar em algo que destruísse o polvo biônico.
Eles jogaram bombas, explosivos, bilhões de greemlins e muito mais coisas, só que o polvo era muito forte.
Os humanos ficam sabendo o que está acontecendo através de um jornal lá de Vênus, pois alguns sobreviventes foram para lá durante a inundação.
George Trush, um deles, começa a fazer uma super-bomba XXLZZ24 radioativa mega-secatrônica destruidora de polvos biônicos.
Finalmente algo dá certo, o polvo morre e Luba mais um sobrevivente agradece Trush e constrói um super-sugador de água, só que como ele não tem um dedo, foi um processo demorado.
Um ano depois a água é sugada e a vida na Terra volta como no começo da sua história.
Apenas mil habitantes (os que voltaram de Vênus), sem prédios, casas, shoppings... Ou melhor, sem nada.
Tudo começou do início, uma nova idade da pedra.
Os humanos sobreviventes vão reconstruindo tudo e repovoando a Terra.
No ano de 7005, tudo está pronto (cinco mil anos depois) e um homem está trabalhando na feira quando chega um cara muito estranho e fala:
- Cadê o pagamento da Jóia, seu safado???
Rafael que é um sobrevivente de tudo que aconteceu em 2005, que ajudou a reconstruir a Terra diz desesperado:
- NÃO... DE NOVO NÃO!!!

PS.: Vocês devem estar se perguntando como Rafael viveu tanto tempo, não é mesmo?
Pois é, a radioatividade da bomba lançada por George Trush se espalhou para Vênus que é onde ele estava no momento da explosão da bomba, isso fez com que ele vivesse tudo isso, só ele e mais dois tiveram a mesma sorte.. Luba e Trush... Infelizmente!!!
PS2.: Todo e qualquer personagem ou situação retratada aqui é totalmente fictícia e qualquer semelhança com fatos ou pessoas reais é mera coincidência.

Arthur Baptista – O Contista

Direitos Reservados

Mataram Plutão


Comunicado Importantíssimo... E triste.

Amigos,

Lamento informá-los... Mas o sonho acabou! “The Dream is over”, como diriam os inimigos de Bush.
Após milhares de anos de investigações e estudos aprofundados, ficou definido e esclarecido que encontraram um “gato” no sistema solar. Crime incontestável.
Pois é, Plutão, planeta tão importante e orgulhoso, apesar de ser o último de todos, não é mais planeta, por isso ou aquilo outro...
Alguma esse cara aprontou, e por conseqüência, foi expulso do reinado do nosso acalorado sol. Está condenado a vagar pelo espaço, solitário, por toda a eternidade (como se todos os outros fizessem diferente).
O mais incrível é que, apesar dele ter interferência em sua órbita, ele estará lá, no mesmo lugar, rodando e rodando nas sua imensidão gelada do mesmo jeito.
Fico aqui imaginando o que passa na cabeça de Plutão nesse momento. O quanto que esse coitado deve estar se sentindo triste sendo rejeitado por nada mais nada menos, que o grande e extraordinário Sr. Mike Brown, um terráqueo sem escrúpulos portador de telescópio. Que dor sem medida!
E todos nós, pegos de surpresa por notícia tão inesperada e esfuziante, ficamos aqui, sem rumo, sem saber o que fazer no amanhã celestial.
Como será que é acordar um dia pela manhã e lembrar que Plutão foi banido da irmandade solar, extraditado, reduzido a um corpo celeste sem importância?
Netuno deve estar desesperado, porque além de não conseguir ultrapassar Urano nunca, ainda está sendo ameaçado por um novo Planeta que o tal cara aí inventou, um tal de Eris (ou Xena), um corpo celeste maior que Plutão.
E tem gente que ganha dinheiro para ficar estudando e definindo coisas assim. Incrível!
Esse Mike, que persegue o sonho de se alinhar com alguns astrônomos famosos por serem “descobridores de planetas”, não deve ter o que fazer... Mesmo!
Seria ele ou nós os loucos do mundo?
Daqui a pouco vão dizer que a Lua não existe... Que foram os poetas que inventaram.

- *Mike Brown é astrônomo do California Institute of Technology e quebrou sua cara, pois ao invés de dar uma de descobridor de planetas, virou “Exterminador de Planetas”. Sua descoberta sobre Eris acabou por fazer com que a União Astronômica Internacional decidisse que não existe um décimo planeta como ele queria, e simplemente eliminaram o coitado do Plutão do sistema solar e mandaram-no continuar a enfiar seu olho no telescópio. Que empolgante!

Esta crônica é fruto de pesquisa aliada a uma certa dose de bom senso e nasceu à partir de um texto publicado por Salvador Nogueira na revista “Super Interessante” número 231 de Outubro de 2006, intitulado: “Ele Matou Plutão”.


Renato Baptista

Todos os Direitos Reservados

24 maio 2008

Um Sonho Real


Um Sonho Real

Eu olhava para um lado e não via nada... Olhava para outro e via novamente, apenas, o mato alto e cerrado que invadia os meus olhos.
E eu olhei para cima e vi aves... Aves que voavam livremente no céu, alegres e sem destino.
Comecei a correr por dentro da mata. A grama baixa entrava em meus sapatos e o mato alto arranhava o meu rosto, mas eu não me importava... Apenas corria, procurando algo que eu não sabia o que era... Eu apenas corria.
Talvez eu quisesse chegar a algum lugar. Talvez eu estivesse procurando alguém, não sei. Só sei que ao ver aquele grande animal, quase eu capotei. “Pisei no freio” com toda a força e mudei de direção.
O grande animal veio atrás de mim e eu fugi. Corri, corri até não poder mais.
Passei por outras paisagens... Aquele mato não existia mais... Ficara para trás e eu continuava correndo.
Certa hora resolvi virar para trás e não vi ninguém, não vi o animal. Aliviado, deitei-me na fria areia da praia em que eu havia chegado. Olhei para o céu e comecei a admirar as estrelas, a lua e algumas nuvens passageiras.
Sequei meu frio suor do rosto com a manga da minha camisa e comecei a contar as estrelas. Uma, duas, três... Quando de repente tudo se apaga... As estrelas, a lua... A única coisa que meus cansados olhos enxergavam eram um par de olhos, um nariz e muitos dentes.
O grande animal havia me seguido e aí resolvi não correr mais. Enfrentei o medo e fiquei parado, não por cansaço, mas por curiosidade, nem sei direito.
Valeu a pena eu ter feito isso. Que grande animal que nada. Era ela, a maior beleza da Terra que quando se aproxima de mim, parece uma grande ameaça tal o meu medo de enfrentá-la.
Toda a beleza sumia, mas naquele momento em que eu enfrentei meu grande medo, a beleza voltara e eu, sem saber o que fazer, apenas grunhi.
Acho eu que era algo que nada significava, e a resposta dela me impressionou:
- Não tenha medo da minha resposta, não fuja, aliás, minha resposta é... Sim.

Arthur Baptista - O Contista



Todos os Direitos Reservados