30 maio 2008

Não... De novo não!!!



Não... De novo não!!!

Num dia um pouco diferente dos outros, João Ninguém estava trabalhando. Ele era carregador de feira livre, quando chegou perto dele um homem muito estranho.
O homem, do nada, saca uma metralhadora de sete metros de comprimento com capacidade para trezentas mil balas ou uma bomba nuclear radioativa destruidora de planetas, aponta para o João e fala:
- Cadê o pagamento da jóia? Seu safado!!!
E João começou a gaguejar:
- Eh...eh....eh....por...porque...é...eu...na...não...tem...tenho...
ag...agora...
- Ah meu amigo, então eu vou ser obrigado a enfiar bala na sua cabeça... Mas para a sua sorte eu lhe darei o prazo de mais uma semana... Uma semana entendeu?
Faltando um dia para o prazo acabar, João sabia que não ia conseguir pagar então foi curtir a vida e afogar as mágoas no bar 12 de outubro. Comeu, bebeu e dançou muito.
Depois da festa ele foi até o lago Ness e se atirou na água.
Dias depois, o corpo dele foi encontrado dentro do lago, só que estava lá só a pele e os órgãos dele, pois o esqueleto estava por ai andando e assustando as pessoas.
Já a sua alma foi abduzida pelos Jupterianos.
Logo, em Júpiter...
Lá estava um grupo de Et’s de quarenta mil olhos modelando a alma dele.
Os Et’s desceram com a alma de João, que agora era um monstro, para a Terra e o jogaram no lago Ness, assim virando “O monstro do lago Ness” ( Daí a lenda).
Dias depois o mesmo homem estranho estava passando ali perto do lago quando de repente o monstro pula e come o homem e sua metralhadora de sete metros em uma bocada só.
Enquanto isso, os Jupterianos começaram a trabalhar em uma nova missão: Eles começaram a fazer calor, muito calor, então as calotas polares começaram a derreter e a água estava começando a destruir o mundo todo.
O objetivo dos Jupterianos era transformar a Terra inteira em um oceano só, onde eles iriam colocar o monstro do lago Ness, fazendo assim com que ele virasse o monstro do “Oceano Terra” protegendo a Terra (que seria formada por um só oceano).
Os Jupterianos teriam a Terra só para eles e nenhum outro grupo de seres Et’s interplanetários poderia entrar lá, pois a Terra estaria sendo protegida pelo Monstro. Pois é... O plano deu certo.
Eles queriam que Júpiter (o planeta deles) fosse o planeta mais conhecido como era a Terra, mas...
Quando eles voltaram para Júpiter, perceberam que lá estava lotado de Zumbis nerds, monstros de fogo, e claro, a caveira de João.
Desesperados, os Jupterianos começam a trabalhar em uma bomba planetária destruidora de Zumbis nerds, monstros de fogo e caveiras, só que a bomba não poderia afetar o planeta. Para isso eles teriam que trabalhar muito.
Para fazer a bomba eles foram para Plutão, para que os invasores de Júpiter não vissem o projeto.
Depois de pronta, eles jogam a bomba e dá tudo certo... Os invasores são destruídos e o Planeta fica intacto. O objetivo deles mais uma vez estava completo.
Um mês depois...
Os Jupterianos vão à Terra dar comida para o monstro.
Quando eles chegam lá, encontram o monstro morto.
Muito decepcionados eles começam a pesquisar quem fez aquilo e então eles descobrem que foi uma equipe de mafiosos nazi-fascistas de marte que fez um Polvo Biônico com mira e tiro a laser, olhos supersônicos, metralhadora com munição infinita embutida, doze mil tentáculos todos com um microcomputador instalado que conseguem captar qualquer inimigo até no máximo 40 milhões de anos luz de distância e um canhão com superpotência instalado no lugar da boca. Começaram então a pensar como eles poderiam se vingar.
Os Jupterianos começaram a trabalhar em algo que destruísse o polvo biônico.
Eles jogaram bombas, explosivos, bilhões de greemlins e muito mais coisas, só que o polvo era muito forte.
Os humanos ficam sabendo o que está acontecendo através de um jornal lá de Vênus, pois alguns sobreviventes foram para lá durante a inundação.
George Trush, um deles, começa a fazer uma super-bomba XXLZZ24 radioativa mega-secatrônica destruidora de polvos biônicos.
Finalmente algo dá certo, o polvo morre e Luba mais um sobrevivente agradece Trush e constrói um super-sugador de água, só que como ele não tem um dedo, foi um processo demorado.
Um ano depois a água é sugada e a vida na Terra volta como no começo da sua história.
Apenas mil habitantes (os que voltaram de Vênus), sem prédios, casas, shoppings... Ou melhor, sem nada.
Tudo começou do início, uma nova idade da pedra.
Os humanos sobreviventes vão reconstruindo tudo e repovoando a Terra.
No ano de 7005, tudo está pronto (cinco mil anos depois) e um homem está trabalhando na feira quando chega um cara muito estranho e fala:
- Cadê o pagamento da Jóia, seu safado???
Rafael que é um sobrevivente de tudo que aconteceu em 2005, que ajudou a reconstruir a Terra diz desesperado:
- NÃO... DE NOVO NÃO!!!

PS.: Vocês devem estar se perguntando como Rafael viveu tanto tempo, não é mesmo?
Pois é, a radioatividade da bomba lançada por George Trush se espalhou para Vênus que é onde ele estava no momento da explosão da bomba, isso fez com que ele vivesse tudo isso, só ele e mais dois tiveram a mesma sorte.. Luba e Trush... Infelizmente!!!
PS2.: Todo e qualquer personagem ou situação retratada aqui é totalmente fictícia e qualquer semelhança com fatos ou pessoas reais é mera coincidência.

Arthur Baptista – O Contista

Direitos Reservados

Mataram Plutão


Comunicado Importantíssimo... E triste.

Amigos,

Lamento informá-los... Mas o sonho acabou! “The Dream is over”, como diriam os inimigos de Bush.
Após milhares de anos de investigações e estudos aprofundados, ficou definido e esclarecido que encontraram um “gato” no sistema solar. Crime incontestável.
Pois é, Plutão, planeta tão importante e orgulhoso, apesar de ser o último de todos, não é mais planeta, por isso ou aquilo outro...
Alguma esse cara aprontou, e por conseqüência, foi expulso do reinado do nosso acalorado sol. Está condenado a vagar pelo espaço, solitário, por toda a eternidade (como se todos os outros fizessem diferente).
O mais incrível é que, apesar dele ter interferência em sua órbita, ele estará lá, no mesmo lugar, rodando e rodando nas sua imensidão gelada do mesmo jeito.
Fico aqui imaginando o que passa na cabeça de Plutão nesse momento. O quanto que esse coitado deve estar se sentindo triste sendo rejeitado por nada mais nada menos, que o grande e extraordinário Sr. Mike Brown, um terráqueo sem escrúpulos portador de telescópio. Que dor sem medida!
E todos nós, pegos de surpresa por notícia tão inesperada e esfuziante, ficamos aqui, sem rumo, sem saber o que fazer no amanhã celestial.
Como será que é acordar um dia pela manhã e lembrar que Plutão foi banido da irmandade solar, extraditado, reduzido a um corpo celeste sem importância?
Netuno deve estar desesperado, porque além de não conseguir ultrapassar Urano nunca, ainda está sendo ameaçado por um novo Planeta que o tal cara aí inventou, um tal de Eris (ou Xena), um corpo celeste maior que Plutão.
E tem gente que ganha dinheiro para ficar estudando e definindo coisas assim. Incrível!
Esse Mike, que persegue o sonho de se alinhar com alguns astrônomos famosos por serem “descobridores de planetas”, não deve ter o que fazer... Mesmo!
Seria ele ou nós os loucos do mundo?
Daqui a pouco vão dizer que a Lua não existe... Que foram os poetas que inventaram.

- *Mike Brown é astrônomo do California Institute of Technology e quebrou sua cara, pois ao invés de dar uma de descobridor de planetas, virou “Exterminador de Planetas”. Sua descoberta sobre Eris acabou por fazer com que a União Astronômica Internacional decidisse que não existe um décimo planeta como ele queria, e simplemente eliminaram o coitado do Plutão do sistema solar e mandaram-no continuar a enfiar seu olho no telescópio. Que empolgante!

Esta crônica é fruto de pesquisa aliada a uma certa dose de bom senso e nasceu à partir de um texto publicado por Salvador Nogueira na revista “Super Interessante” número 231 de Outubro de 2006, intitulado: “Ele Matou Plutão”.


Renato Baptista

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24 maio 2008

Um Sonho Real


Um Sonho Real

Eu olhava para um lado e não via nada... Olhava para outro e via novamente, apenas, o mato alto e cerrado que invadia os meus olhos.
E eu olhei para cima e vi aves... Aves que voavam livremente no céu, alegres e sem destino.
Comecei a correr por dentro da mata. A grama baixa entrava em meus sapatos e o mato alto arranhava o meu rosto, mas eu não me importava... Apenas corria, procurando algo que eu não sabia o que era... Eu apenas corria.
Talvez eu quisesse chegar a algum lugar. Talvez eu estivesse procurando alguém, não sei. Só sei que ao ver aquele grande animal, quase eu capotei. “Pisei no freio” com toda a força e mudei de direção.
O grande animal veio atrás de mim e eu fugi. Corri, corri até não poder mais.
Passei por outras paisagens... Aquele mato não existia mais... Ficara para trás e eu continuava correndo.
Certa hora resolvi virar para trás e não vi ninguém, não vi o animal. Aliviado, deitei-me na fria areia da praia em que eu havia chegado. Olhei para o céu e comecei a admirar as estrelas, a lua e algumas nuvens passageiras.
Sequei meu frio suor do rosto com a manga da minha camisa e comecei a contar as estrelas. Uma, duas, três... Quando de repente tudo se apaga... As estrelas, a lua... A única coisa que meus cansados olhos enxergavam eram um par de olhos, um nariz e muitos dentes.
O grande animal havia me seguido e aí resolvi não correr mais. Enfrentei o medo e fiquei parado, não por cansaço, mas por curiosidade, nem sei direito.
Valeu a pena eu ter feito isso. Que grande animal que nada. Era ela, a maior beleza da Terra que quando se aproxima de mim, parece uma grande ameaça tal o meu medo de enfrentá-la.
Toda a beleza sumia, mas naquele momento em que eu enfrentei meu grande medo, a beleza voltara e eu, sem saber o que fazer, apenas grunhi.
Acho eu que era algo que nada significava, e a resposta dela me impressionou:
- Não tenha medo da minha resposta, não fuja, aliás, minha resposta é... Sim.

Arthur Baptista - O Contista



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