28 setembro 2010

Estrelas do Cinema Fase 02 na Academia da Poesia

Está publicada na "Academia da Poesia" a segunda fase da Mostra de Poeminis "Estrelas do Cinema".
Será uma alegria a sua visita!

Renato Baptista

26 setembro 2010

Canção - Poetrix

Por Um Momento Apenas

23 setembro 2010

De Quando em Vez... Poetrix

07 setembro 2010

Lixo Literário na Internet



Lixo Literário na Internet.

A difusão da Literatura na Internet é algo muito interessante se analisarmos alguns aspectos práticos.
Esse meio proporcionou a milhões de pessoas do mundo todo um canal de distribuição farto para escritos que até então elas nunca imaginariam que pudessem ser divulgados.
Formaram-se academias, sites livres especializados, sites e blogs particulares, redes sociais, e teoricamente fundou-se o movimento do “Virtualismo” que, acredito, um dia, será estudado como uma Escola Literária.
Aí é que reside o problema. A liberdade de expressão, que eu defendo com unhas e dentes, não está sendo utilizada com responsabilidade por algumas pessoas.
Há quem diga por aí que o Virtualismo está se despedaçando em função do grande volume de “lixo” literário publicado aleatoriamente.
Claro que existem parâmetros na literatura para que se identifique isso, e não sou eu que vou julgar, mas ninguém que tira seus poemas ou escritos de uma gaveta e os publica, tem a pretensão de ser um Vinicius. A idéia é apenas publicar, ser lido por outras pessoas, ser comentado e receber elogios, críticas construtivas... Não importa.
Claro também, que existem os aproveitadores que procuram e só aceitam elogios e ainda os que precisam mostrar para todo mundo que foram lidos por 200.000 pessoas, isso mostrado por 200.000 comentários que recebem no seu blog, e que para terem isso, vão alucinadamente em milhares de blogs “aleatórios” (sempre existem as segundas intenções) deixar algo bem “carinhoso” e que com certeza trará retorno.
Temos então que não existe leitura, apreço, reflexão... o que existe é um vai e vem tresloucado de intenções e um “ôba ôba” generalizado onde o que menos importa é o texto, o escrito e a imagem, ou seja, vulgarizou-se a coisa toda.
E com isso perdemos todos, todos aqueles que querem estudar, criar, fazer poesia, prosa, ou seja lá o que for, porque seus textos não são nem lidos direito (basta ver os comentários expostos que na maioria das vezes mostra que o texto não foi lido e nem entendido).
Alguns publicam uma imagem, 4 linhas sem sentido e acabam endeusados por centenas de fãs que juram pelo mais sagrado que tudo ali é perfeito.
Deve haver senso crítico! Deve haver uma decisão entre literatura e banalidade! Deve haver uma união dos escritores onde blogs e escritos de valor recebam o seu devido valor (mesmo que sejam aprendizes) e que esses banais fiquem no seu canto, pois tudo é permitido e tudo deve ser aceito, mas que cada coisa ocupe o seu lugar.
E por aí lemos desafogos, angústias, medos, amores mal resolvidos... lemos alegrias, crenças e amores vibrantes, eloquentes e aquecidos. Há de tudo um pouco. Uns muito bem escritos, outros mais ou menos e outros ainda... péssimos segundo quem entende do assunto!
Mas repito, não importa nada disso, pois as conversas entre autores, a irmandade, o convívio diário, tudo isso faz com que tenhamos um grande aprendizado uns com os outros fazendo com que as pessoas cresçam, identifiquem-se, melhorem a cada dia a sua performance e aos poucos vão se situando, aprendendo estilos, técnicas e por aí vai.
E os que se aproveitam desse meio para criar armadilhas sensuais e bobagens crônicas que fiquem no seu canto, que não invadam quem está na web com um propósito verdadeiro e são.
Mas é aí que mora o perigo e onde aparecem dois problemas que identificamos de cara:
Como faz parte da característica humana, vemos o ciúme e a inveja correrem soltos com relação a este ou aquele escritor e até a loucura generalizada de alguns que participam do meio apenas com o intuito de destruir pessoas que apenas, um dia, resolveram publicar um escrito seu e que naquele momento estão se sobressaindo de alguma forma.
O outro problema é que toda essa salada de emoções e a abertura de corações e mentes em versos e escritos (principalmente de mulheres), torna-se alvo, o que é um prato cheio para os, talvez, internautas de plantão e pessoas mal intencionadas que navegam à solta e usam desse meio para criar os seus meandros que nada tem a ver com literatura.
E são esses que fazem o seu bloguezinho, alguns fechados (travados por senha), e não mostram a cara, nem nome, nem foto, nem nada (deixam apenas o e-mail para “contatos”) e acham que podem sair por aí conquistando quem está vulnerável e expõe isso através de poesia com a maior das boas intenções.
São esses os acostumados apenas com os seus chats de namoro, encontros, imagens eróticas e algo mais, ou, apenas desavisados à procura de aventura com corações que acreditam ser solitários.
Esses caras, digo caras porque não se vê muitas mulheres fazendo isso, descobrem esse tipo de reduto e se aprontam e se direcionam imediatamente após lerem alguns poemas ou textos que falam de amor, escritos sensuais, enfim... Essas pessoas vêem ali escrito tudo o que queriam ler no seu chat da madrugada ou em outro lugar vulgar qualquer, e a seu ver, escritos por poetas especialistas na arte de amar, querendo amar sem fronteiras quando na verdade aquilo é POESIA e eles como não conhecem poesia, acham que tudo ali existe com outro fim. Ignorância!
Acham que encontraram a Disneylândia e que todas as poetas estão à sua disposição ali e que estão ainda em busca de companhia, e de preferência... a dele. Ridículo!
Lêem tudo de algumas pessoas apressadamente, anotam os nomes que interessam conforme suas preferências e iniciam a caça ao seu objeto de prazer, e se tornam seguidores, comentam, buscam, distribuem beijos e carinho e por aí afora. E ficam aguardando a resposta.
E nos seus blogs escrevem e publicam daquele seu jeito tosco, sem conteúdo algum, segundo os entendidos, para justificar as idas e vindas.
O pior é que existem ainda, os que fazem tudo isso travestidos com nomes fictícios com a mera intenção de tumultuar o bom andamento das coisas e o bom convívio de todos.
Até a mais esperta das pessoas confundiria as bolas e acharia que são escritores de verdade e embarcaria nesse barco furado que detona o Virtualismo Literário.
E muita gente já se machucou assim, naufragou mesmo, e foram bastante fundo se querem saber, pois essa gente é capaz de se esconder por trás de vários nomes e situações diferentes para que suas intenções tenham resultado de um jeito ou de outro.
A grande verdade é que quem está na chuva é para se molhar e há quem goste disso tudo, mas que haja uma separação entre quem faz arte e quem “faz arte” apenas, assim todos seriam felizes, cada qual no seu canto.
Já vimos muitos virem e irem embora de volta aos seus redutos pitorescos, mas acabam deixando sempre uma mancha no caminho, infelizmente. Deixam gravados e expostos no virtual o seu lixo literário pernicioso e mal acabado e pior, corações feridos aos montes.
Na verdade, não pode haver crivo e nem censura (a liberdade de expressão é fato), portanto essa coisa não vai acabar nunca e, sendo assim, para sempre veremos maculada o que seria uma escola de literatura que antes de mais nada estaria colaborando com a cultura deste País sedento de letras.
O que deveria haver é o bom senso dos que acreditam que é possível fazer deste meio algo construtivo e sendo assim, que decidam de que lado querem ficar.
Fica aqui o alerta e a indignação e ainda, a crença fiel de que cabe a nós mesmos evitar que fatos assim denigram e deponham contra a nossa Virtual Classe de Escritores Aprendizes e Amadores bem intencionados.
Creio na liberdade de expressão e não na libertinagem expressa, e creio ainda que nos cabe criar um mundo melhor para os nossos filhos com respeito à individualidade e ao próximo, não querendo torná-los simples objeto do desejo alheio de forma covarde.
O pensamento é simples... temos que tentar manter a nossa integridade e a integridade dos blogs e sites e redes sociais de literatura a todo custo, pois os que os mantêm, o fazem a duras penas e creio que no mínimo deve haver respeito a isso.
Não pode haver espaço para gente que tem o intuito de tumultuar ou fazer desses estudos uma temporada de caça ao sexo oposto.
Para finalizar, como sempre, alguém por aí vai se ofender violentamente com esse meu texto ou vai dizer que eu devo é me limitar a escrever poesia, como já disseram uma vez... Mas não ligo, pois sou transparente o suficiente para saber o que penso, o que digo e onde piso, portanto, que me perdoem os incautos e desavisados, mas eles não sabem o que fazem... contra a Cultura e contra a Educação!

Vamos fazer renascer o verdadeiro espírito da Literatura Virtual e fazer desse nosso meio algo verdadeiro.

Renato Baptista – Setembro 2010