24 maio 2008

Um Sonho Real


Um Sonho Real

Eu olhava para um lado e não via nada... Olhava para outro e via novamente, apenas, o mato alto e cerrado que invadia os meus olhos.
E eu olhei para cima e vi aves... Aves que voavam livremente no céu, alegres e sem destino.
Comecei a correr por dentro da mata. A grama baixa entrava em meus sapatos e o mato alto arranhava o meu rosto, mas eu não me importava... Apenas corria, procurando algo que eu não sabia o que era... Eu apenas corria.
Talvez eu quisesse chegar a algum lugar. Talvez eu estivesse procurando alguém, não sei. Só sei que ao ver aquele grande animal, quase eu capotei. “Pisei no freio” com toda a força e mudei de direção.
O grande animal veio atrás de mim e eu fugi. Corri, corri até não poder mais.
Passei por outras paisagens... Aquele mato não existia mais... Ficara para trás e eu continuava correndo.
Certa hora resolvi virar para trás e não vi ninguém, não vi o animal. Aliviado, deitei-me na fria areia da praia em que eu havia chegado. Olhei para o céu e comecei a admirar as estrelas, a lua e algumas nuvens passageiras.
Sequei meu frio suor do rosto com a manga da minha camisa e comecei a contar as estrelas. Uma, duas, três... Quando de repente tudo se apaga... As estrelas, a lua... A única coisa que meus cansados olhos enxergavam eram um par de olhos, um nariz e muitos dentes.
O grande animal havia me seguido e aí resolvi não correr mais. Enfrentei o medo e fiquei parado, não por cansaço, mas por curiosidade, nem sei direito.
Valeu a pena eu ter feito isso. Que grande animal que nada. Era ela, a maior beleza da Terra que quando se aproxima de mim, parece uma grande ameaça tal o meu medo de enfrentá-la.
Toda a beleza sumia, mas naquele momento em que eu enfrentei meu grande medo, a beleza voltara e eu, sem saber o que fazer, apenas grunhi.
Acho eu que era algo que nada significava, e a resposta dela me impressionou:
- Não tenha medo da minha resposta, não fuja, aliás, minha resposta é... Sim.

Arthur Baptista - O Contista



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Um comentário:

Anônimo disse...

Medos!!! Quem não os tem??? Claro que a maioria é parte da nossa imaginação, como neste teu sonho tão belamente escrito, Arthur!!!
Viu... Voltei pra ler mais unzinho!!! E vou indo mais maravilhada ainda, Amigo!!! Beijos mais no teu coração!!! Iza